O post de hoje não tem nada haver com comida, mas desde que me recordei desse capítulo da minha vida, eu sinto o desejo de compartilhar. Não sei se minha mãe lembra disso, mas assim que eu contar ela vai lembrar e com certeza dará algumas risadas relembrando.
É sobre o dia em que eu aprendi a não mentir.
Eu sempre dizia pra minha irmã: Eu não gosto de mentir… e ela se abria no riso dizendo “Tá bom santa! Quem já viu alguém não mentir?” Eu não diria que eu não minto, mas sim que eu odeio quando preciso mentir e desde criança fui assim, mas ainda não tinha me dado conta do motivo, até que de repente, sem pretenção… Eu lembrei! Lembrei de um caso que aconteceu quando eu tinha uns 8 a 9 anos de idade. Eu percebi, olhando minha linha do tempo, que desde esse acontecimento eu tenho total aversão a mentira, principalmente aquelas mentirinhas bobas onde não iria doer se a verdade fosse falada.
Era uma vez….
Eu tava sozinha em casa quando o carteiro entregou um envelope daqueles brancos com a borda verde e amarela.

Examinei bem o envelope e coloquei em cima da estante da sala. Estava endereçado a minha mãe e vinha de Barreiros onde minha prima mora até hoje.
Esqueci totalmente dele, enquanto estava ocupada trocando os vestidinhos e dando de comer as bonecas. Algum tempo depois minha mãe chegou e encontrou o tal envelope onde eu tinha deixado.
Porém ela notou que este tal tinha sido aberto e colado novamente. :-O
Minha mãe me chamou, sentou comigo no sofá e me deu o maior sermão do mundo dizendo que não se deve abrir o que não é seu e o que não está endereçado para você, pois poderia ter coisas confidenciais lá e etc….
Enquanto o sermão rolava eu tentava explicar que eu não tinha aberto o envelope e também não sabia quem tinha feito aquilo.
Claro que minha mãe não acreditou em mim, pois conhecia a filha super curiosa que tem. Porém, entre lágrimas e soluços eu pedia por tudo pra minha mãe acreditar em mim e jurava que eu não tinha feito nada do que ela dizia.
Minha mãe já sem saber o que fazer disse: Pois bem, vou ligar pra Dayse e perguntar como ela enviou o envelope e se você tiver mentindo…. vai apanhar! 😦
Pois bem… Ligação feita e….. cadê a cara da minha mãe pra me dizer que descobriu que realmente eu estava falando a verdade? Minha prima contou pra ela que precisou abrir o envelope para colocar mais uma anotação na carta.
Minha mãe não sabia por onde começar…. Então, pra não ficar por baixo, fez outro sermão maior do mundo, agora sobre a impotância de se falar a verdade. Ela me pediu desculpas mil vezes e falou que a partir dalí ela iria acreditar em TUDO que eu falasse.
E agora…. Como eu poderia mentir depois disso?
PS. Basta uma mentira para colocar em dúvida todas as tuas verdades.
Deixa eu abrir parenteses aqui: (Gente… não tô dando indireta pra ninguém, ta? Só quis compartilhar) 🙂

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